CARTA DE PRINCÍPIOS DO MOVIMENTO TRADICIONALISTA GAÚCHO
a CARTA DE PRINCÍPIOS fixa objetivos e diretrizes do Movimento Tradicionalista Gaúcho,
constituindo-se no documento máximo a nortear e orientar suas atividades em todo
o território nacional e também fora dele. Foi aprovada em definitivo por ocasião do
VIII Congresso Tradicionalista, realizado em Taquaras-RS, em julho de 1961."
I) Auxiliar o Estado na solução dos seus problemas fundamentais e na conquista do bem
coletivo;
II) Cultivar e difundir nossa História, nossa formação social, nosso folclore, enfim, nossa
Tradição, como substância basilar da nacionalidade;
III) Promover, no meio de nosso povo, uma retomada de consciência dos valores morais do
Gaúcho;
IV) Facilitar e cooperar com a evolução e o progresso, buscando a harmonia social, criando a
consciência do valor coletivo, combatendo o enfraquecimento da cultura comum e a desagregação
que daí resulta;
V) Criar barreiras aos fatores e idéias que nos vêm pelos veículos normais de propaganda e
que sejam diametralmente opostos ou antagônicos aos costumes e pendores naturais do nosso povo;
VI) Preservar nosso patrimônio sociológico representado, principalmente, pelo linguajar,
vestimenta, arte culinária, formas de lides e artes populares;
VII) Fazer de cada CTG um núcleo transmissor da herança social e através da prática e
divulgação dos hábitos locais, noção dos valores, princípios locais, reações emocionais, etc.; criar em
nossos grupos sociais uma unidade psicológica, com modos de agir e de pensar coletivamente,
valorizando e ajustando o homem ao meio, para a reação em conjunto frente aos problemas comuns;
VIII) Estimular e incentivar o processo aculturativo do elemento imigrante e seus
dependentes;
IX) Lutar pelos direitos humanos de Liberdade, Igualdade, e Humanidade;
X) Respeitar e fazer respeitar seus postulados iniciais, que tem como característica essencial a
absoluta independência de sectarismo político, religioso e racial;
XI) Acatar e respeitar as leis e os poderes públicos legalmente constituídos, enquanto se
mantiverem dentro dos princípios e do regime democrático vigente;
XII) Evitar todas as formas de vaidade e personalismo que buscam no Movimento
Tradicionalista veículo para projeção em proveito próprio;
XIII) Evitar toda e qualquer manifestação individual ou coletiva, movida por interesses
subterrâneos de natureza política, religiosa ou financeira;
XIV) Evitar atitudes pessoais ou coletivas que deslustrem e venham em detrimento dos
princípios de formação moral do gaúcho;
XV) Evitar que os núcleos tradicionalistas adotem nomes de pessoas vivas;
XVI) Repudiar todas as manifestações e formas de exploração direta e indireta do Movimento
Tradicionalista;
XVII) Prestigiar e estimular quaisquer iniciativas que, sincera e honestamente, queiram
perseguir objetivos correlatos com os do Tradicionalismo;
XVIII) Incentivar em todas as formas de divulgação e propaganda, o uso sadio dos autênticos
motivos regionais;
XIX) Influir na literatura, artes clássicas e populares e outras formas de expressão espiritual de
nossa gente, no sentido de que se voltem para os temas nativistas;
XX) Zelar pela pureza e fidelidade dos nossos costumes autênticos, combatendo todas as
manifestações individuais ou coletivas, que artificializem ou descaracterizem as nossas coisas
tradicionais;
XXI) Estimular e amparar as células que fazem parte de seu organismo social;
XXII) Procurar penetrar e atuar nas instituições públicas e privadas, principalmente nos
colégios e no seio do povo, buscando conquistar para o Movimento Tradicionalista Gaúcho a boa
vontade e participação dos representantes de todas as classes e profissões dignas;
XXIII) Comemorar e respeitar as datas efemérides e vultos nacionais e particularmente o 20
de Setembro, como data máxima do Rio Grande do Sul;
XXIV) Lutar para que seja instituído, oficialmente, o Dia do Gaúcho, em paridade de
condições com o Dia do Colono e outros "Dias" respeitados publicamente;
XXV) Pugnar pela independência psicológica e ideológica de nosso povo;
XXVI) Revalidar e reafirmar os valores fundamentais da nossa formação, apontando às novas
gerações rumos definidos de cultura, civismo e nacionalidade;
XXVII) Procurar o despertar da consciência para o espírito cívico de unidade e amor à Pátria;
XXVIII) Pugnar pela fraternidade e maior aproximação dos povos americanos;
XXIX) Buscar, finalmente, a conquista de um estágio de força social que lhe dê ressonância
nos Poderes Públicos e nas Classes Rio-Grandenses, para atuar real, poderosa e eficientemente, no
levantamento dos padrões morais e de vida de nosso Estado, rumando, fortalecido, para o campo e o
homem rural, suas raízes primordiais, cumprindo, assim, sua destinação histórica em nossa Pátria.
CARTA DE PRINCÍPIOS DO MOVIMENTO TRADICIONALISTA GAÚCHO